Atividades de Greve nas Letras - FFLCH/USP
Dia 29/5, terça-feira:
10h - ASSEMBLÉIA GERAL DA ADUSP
19h- "O Direito à Literatura", por Roberto Zular
Dia 30/5, quarta-feira:
10h- Formação do romance inglês, por Sandra Vasconcellos
Dia 31/5, quinta-feira:
10h- Poesia e participação, por Ivone Daré Rabello
19h- [tema a definir], João Adolfo Hansen
Dia 1/6, sexta-feira:
10h- Violência e melancolia, por Jaime Ginzburg
Dia 4/6, segunda-feira:
10h - "O louvor como vitupério", por Paulo Martins
19h- "Dom Casmurro", por Luiz Roncari
Dia 5/6, terça-feira:
19h- "O Auto da Barca do Inferno", por Flávia Corradin e Francisco Maciel Silveira
Dia 6/6, quarta-feira:
10h- Cervantes, por Maria Augusta da Costa Vieira
19h- "A Cidade e as Serras", por Helder Garmes
Dia 11/6, segunda-feira:
10h- Oswald de Andrade, por Maria Augusta Fonseca
19h- "Poemas Completos de Alberto Caeiro", por Adma Fadul Muhana
Dia 12/6, terça-feira: 
10h- Teatro político no Brasil, por Cláudia de Arruda Campos
19h- "Iracema", por Eduardo Vieira Martins
Dia 13/6, quarta-feira:
10h - "O Áporo de Drummond", por Betina Bischof
19h- "Vidas Secas", por José Miguel Wisnik
Dia 14/6, quinta-feira:
10h - "Baudelaire", por Viviana Bosi
19h- "Sagarana", por Yudith Rosembaum
Dia 15/6, sexta-feira:
19h- "Memórias de um Sargento de Milícias", por Cilaine Alves da Cunha
Além da idéia louvável de fazer uma programação durante a greve, para que greve não vire férias e o prédio não esvazie e as pessoas não sumam, a programação está de lamber os beiços. As aulas acontecem na sala 107 do prédio da Letras e estão abertas para todo mundo, inclusive a programação noturna é pensada para alunos que estão se preparando para o vestibular. Achei bacana.
Que vontade de ir a tudo! eu, que não vou a nada, porque trabalho, trabalho, trabalho...
Depois, dois blogues interessantes cobre o tema:
Esse: Autonomia e justiça
do professor Paulo Martins, professor do departamento de Letras Clássicas e Vernáculas, da Letras da Usp - de onde, aliás, eu tirei a programação da Letras.
E esse: Ocupação que é o blog dos próprios estudantes.
Na vontade de ter um tempo para estudar e escrever mais sobre tudo isso, com calma.
Lulu.
E agora todos parem tudo porque o Idelber excede, de novo ( !! :-) ) e escreve o post que eu gostaria de ter escrito, pronto, assumo.
Vão lá, que o biscoito é fino, e a massa, muita.
E aqui, a Meg levanta a questão por um outro lado.
FOLHA - Fala-se muito hoje em interação universidade-empresa. O  caminho é esse?
BRITO CRUZ - Raramente dá certo usar pesquisadores da universidade para resolver problemas para os quais a empresa  precisa ter uma solução na semana que vem ou no semestre  que vem. Essa interação precisa ser vista pela empresa como  forma de ela entrar em contato  com a fronteira do conhecimento. Não se trata de uma  substituição de atividades de  pesquisa que a empresa precisaria ter e não tem.  
FOLHA - O ambiente para inovação  existente hoje no Brasil é saudável?
BRITO CRUZ - Eu vejo com alguma preocupação o panorama  atual da ciência e da tecnologia  no Brasil. Tem se intensificado  uma concepção equivocada que  chamo de utilitarismo da pesquisa acadêmica. Isso é fruto de  uma conjunção. Pessoas da  própria universidade, às vezes  do governo e da própria imprensa acabam esperando muito pelos resultados utilitários  da pesquisa acadêmica. Mas o  que temos de valorizar é o  avanço do conhecimento humano. Não seguir nessa direção  nos traz dois tipos de perigo. O  utilitarismo de direita, que pretende valorizar a pesquisa que  se faz nas universidades pela  sua contribuição para a indústria, e o utilitarismo de esquerda, aquele que dá valor para a  resolução de certos problemas  nacionais: desigualdade, segurança, pobreza, etc...  
FOLHA - A universidade, portanto,  não faz parte da solução desses problemas?
BRITO CRUZ - Todos esses problemas são relevantes para o  desenvolvimento do Brasil, não  ponho isso em xeque nenhum  minuto. Mas é um equívoco esperar que a universidade traga  a solução. O desenvolvimento  tecnológico é a indústria que  precisa resolver, com a construção de seus centros de pesquisa. As questões candentes  da agenda nacional precisam  ser tratadas pelo Estado brasileiro por instrumentos criados  por ele, como institutos de pesquisa com missão dirigida.  
FOLHA - A missão da universidade,  então, está desvirtuada?
BRITO CRUZ - Quando se olha a universidade de forma muito utilitária perde-se de vista que a missão fundamental da universidade é fazer avançar o conhecimento e educar os estudantes. Essas atividades são relevantes em si. Não temos de ficar perguntando para que serve a aquela pesquisa, que problema ela vai resolver. Que utilidade tem descobrir que a idade do Universo é 13,7 bilhões de anos? Se procuramos utilidade disso em termos de geração de empregos, não vamos achar.
Responder a perguntas sobre a  literatura, por exemplo, apenas  a academia pode fazer. Nenhuma indústria vai querer estudar  isso. A universidade no Brasil  precisa recuperar a convicção,  que já teve um dia, de que avançar o conhecimento e educar  bem os estudantes é a contribuição que a sociedade espera  dela. As pessoas, depois, podem  ser usadas tanto na indústria  quanto nos institutos públicos.  
oi, lulu. tenho acompanhado a discussão sobre a USP aqui e no idelber e gostaria da tua permissão pra reproduzir essa entrevista, já que o link da uol é restrito a assinantes. um bj
ResponderExcluirUé, Cris,
ResponderExcluirclaro que pode!
Eu não sei se eu podia reproduzir a entrevista aqui, mas como é só um aaprte, achei que tudo bem, fica à vontade, ué ( se quiser, te mando a entrevista toda por e-mail)!
Beijos,
lu.
demorô, então! =]
ResponderExcluirbj