segunda-feira, 3 de setembro de 2007

O fora do economista

( atualizado! invente um fora profissional vc também! )

Aconteceu de verdade, uma amiga contou, levou dois meses para que ela se recuperasse. Era um namoro longo, ela fazia tudo, se esfalfava, o cara parecia não estar nem aí. Até que um dia, o cara, o tal do economista, chegou e disse assim:


- Eu quero me exonerar da nossa relação pois eu não estou agregando nenhum valor a você e esse investimento a longo prazo não dará lucro algum.



Incrível, né? Claro que depois de um fora desses, a pessoa tem que se ajoelhar e agradecer aos céus por estar saindo de uma relação com um cara assim, mas a amiga sofreu, hoje, dá risada. Nada como o tempo para que as coisas ganhem perspectiva, não é mesmo?



Eu fiquei imaginando outros foras clássicos relacionados a profissões:

o fora da professora/professor:

- Eu te convido a se retirar da minha vida, pois a metodologia que eu posso oferecer não está sendo boa para o nosso desenvolvimento e não estamos construindo conhecimento nem ganhando novas habilidades. Nosso conteúdo não se renova há tempos, ficou previsível e antiquado e dessa maneira repetiremos todos os anos, ou melhor, ficaremos retidos nessa relação sem que nosso processo de ensino-aprendizagem se renove ou possa crescer.

o fora do sociólogo:

- O esgarçamento do tecido social da nossa relação atingiu níveis onde a continuidade da vontade de reprodução do status quo já não é mais suficiente para garantir a sua existência social e moral, tal como apontado por Weber.



viciei!!

atualizado!! (ou... o quê seria dessa bodega sem seus leitores? ) :

brigitte disse...

fora do publicitário:
preciso te comunicar que minha produtora deseja romper contrato da conta da sua empresa, pois nossa parceria não está alcançando os índices satisfatórios de interesse dos consumidores. Há um desequilíbrio entre o produto tradicional que vc quer vender e aquele que eu quero divulgar com a minha arte e criação, e nossos esforços de causar um mega-impacto no mercado foram, até agora, desastrosos para ambos.

2 de Setembro de 2007 21:07


miranda disse...

Fora do corretor:

Estou de forma unilateral comunicando o distrato de nossa relação haja visto que a relação custo/beneficio de meu investimento se mostrou amplamente insatisfatoria.

Desde já abro mão de valores a receber/pagar, para facilitar o acerto.

12 comentários:

  1. Mas exonerar foi o pior, hahaha...

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  2. Adorei os foras. Fiquei pensando no fora do engenheiro, mas não consegui. Nunca dei um fora em ninguém.

    É bom de ver de novo sintonizada.

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  3. Lulu,

    Fiquei pensando qual seria o fora de um advogado, daí, lembrei-me deste samba de breque do Nei Lopes:

    Justiça gratuita
    (Nei Lopes)


    Felicidade passou no vestibular,
    E agora, tá ruim de aturar
    Mudou-se pra Faculdade de Direito
    E só fala com a gente de um jeito
    Cheio de preliminar (é de amargar)
    Casal abriu, ela diz que é divórcio,
    Parceria é litisconsórcio
    Sacanagem é libidinagem e atentado violento ao pudor
    Só fala cheia de subterfúgios,
    Nego morreu ela diz que é de cujus,
    Não agüento mais essa Felicidade, doutor Defensor
    (só mesmo um desembargador)
    Amigação pra ela é concubinato
    Vigarice é estelionato,
    Caduquice de esclerosado é demência senil,
    Sumiu na poeira, ela chama ausente
    Não pagou a conta é inadimplente
    Ela diz, consultando o Código Civil
    Me pediu uma grana dizendo que era um contrato de mútuo,
    Comeu e bebeu, disse que era usufruto
    E levou para casa o meu violão
    Meses depois que fez esse agravo ao meu instrumento
    Ela então me disse, cheia de argumento
    Que o adquiriu por usucapião
    (Seu Defensor, não é mole não!
    Taí minha procuração
    E o documento que atesta minha humilde condição!
    Requeira prontamente meu divórcio e uma pensão!
    E se ela não pagar
    Vai cantar samba na prisão...)

    Bjão,
    Clé

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  4. fora do publicitário:
    preciso te comunicar que minha produtora deseja romper contrato da conta da sua empresa, pois nossa parceria não está alcançando os índices satisfatórios de interesse dos consumidores. Há um desequilíbrio entre o produto tradicional que vc quer vender e aquele que eu quero divulgar com a minha arte e criação, e nossos esforços de causar um mega-impacto no mercado foram, até agora, desastrosos para ambos.

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  5. Fora do corretor:

    Estou de forma unilateral comunicando o distrato de nossa relação haja visto que a relação custo/beneficio de meu investimento se mostrou amplamente insatisfatoria.

    Desde já abro mão de valores a receber/pagar, para facilitar o acerto.

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  6. HAHAHAHAHHA!!

    Miranda, Brigitte:

    perfeito!!

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  7. Lá no meu blog tem uma série parecida, de homens desta estirpe: Que pretensos! Sempre começo estes posts assim: este pretendente eu não pretendo!

    Gostei e juro que já vi coisa parecida aqui na Bahia.

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  8. HAHAHAHAHAHAHA

    ¿Q tal foras de profissionais menos especializados?

    o fora do lixeiro:
    Ói, faz ano q passo toda semana em tua casa, levei tanto lixo teu q só veno, viu, tinha até umas coisa aproveitave, mas ói, o camião já tá ino embora e tem otros lixo pra eu catá por aí, então tica triste não q não dura uma semana e cê já vai tê otro lixeiro pra levá tuas tralha, tá?

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  9. Alena,
    adorei !

    Permafrost,
    o sindicato dos trabalhadores com resíduos urbanos vem, por meio dessa, acusar o senhor de preconceito lingüístico.
    Nós, do diário da lulu, rimos muito e adoramos!!
    Achamos até poética a idéia de um relacionamento como, basicamente, catá o lixo dos outros; :-)

    Um beijo,
    Lulu.

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  10. fora de jornalista:

    "Vou publicar em outro veículo porque caiu nossa pauta, já não dá mais notícia"

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  11. Minha contribuição:

    Fora do Advogado
    Prezada Otaviana de Albuquerque Pereira Lima da Silva e Souza, face aos acontecimentos de nosso relacionamento, venho por meio desta, na qualidade de homem que sou, apesar de VSa. não me deixar demonstrar, uma vez que não me foi permitido devassar vossa lascívia, retratar-me formalmente, de todos os termos até então empregados à sua pessoa, o que faço com supedâneo no que segue: A) DA INICIAL MÁ-FÉ DE VOSSA SENHORIA: 1.1. CONSIDERANDO QUE nos conhecemos na balada e que nem precisei perguntar seu nome direito, para logo chegar te beijando; 1.2. CONSIDERANDO seu olhar de tarada enquanto dançava na pista esperando eu me aproximar. 1.3. CONSIDERANDO QUE com os beijos nervosos que trocamos naquela noite, V.Sa. me induziu a crer que logo estaríamos explorando nossos corpos, em incessante e incansável atividade sexual. Passei então, a me encontrar com Vossa Senhoria. B) DOS PREJUÍZOS
    EXPERIMENTADOS: 2.1. CONSIDERANDO QUE fomos ao cinema e fui eu que paguei as entradas, sem se falar no jantar após o filme. 2. 2. CONSIDERANDO QUE já levei Vossa Senhoria em boates das mais badaladas e caras, sendo certo que fui eu, de igual sorte, quem bancou os gastos. 2. 3. CONSIDERANDO QUE até à praia já fomos juntos, sem que Vossa Senhoria gastasse um centavo sequer, eis que todos os gastos eram por mim experimentados, e que Vossa Senhoria não quis nem colocar biquíni alegando que estava ventando muito. C) DAS RAZÕES DE SER DO PRESENTE: 3.1. CONSIDERANDO AINDA QUE até a presente data, após o longínquo prazo de duas semanas, Vossa Senhoria não me deixou tocar, sequer na sua panturrilha. 3.2. CONSIDERANDO QUE Vossa Senhoria ainda não me deixa encostar a mão nem na sua cintura com a alegaçãozinha barata de que sente cócegas. DECIDO SOBRE NOSSO RELACIONAMENTO O SEGUINTE: 4.1. Vá até a mulher de vida airada que e também é sua
    progenitora, pois eu não sou mais um ser humano do sexo masculino que usa calças curtas e a atividade sexual não é para mim um lazer, mas sim uma necessidade premente. 4.2. Não me venha com "colóquios flácidos para acalentar bovinos" de que pensava que eu era diferente. 4.3. Saiba que vou te processar por me iludir aparentando ser a mulher dos meus sonhos, e, na verdade, só me fez perder tempo, dinheiro e jogar elogios fora, além de me abalar emocionalmente. Sinceramente, sem mais para o momento, fique com o meu cordial " vá tomar no meio do olho do orifício rugoso localizado na região infero-lombar de sua anatomia " que esse relacionamento já inflou o volume da minha bolsa escrotal! Dou assim por encerrado o nosso relacionamento, nada mais subsistindo entre nós, salvo o dever de indenização pelos prejuízos causados.

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  12. Minha contribuição:

    Fora do Advogado
    Prezada Otaviana de Albuquerque Pereira Lima da Silva e Souza, face aos acontecimentos de nosso relacionamento, venho por meio desta, na qualidade de homem que sou, apesar de VSa. não me deixar demonstrar, uma vez que não me foi permitido devassar vossa lascívia, retratar-me formalmente, de todos os termos até então empregados à sua pessoa, o que faço com supedâneo no que segue: A) DA INICIAL MÁ-FÉ DE VOSSA SENHORIA: 1.1. CONSIDERANDO QUE nos conhecemos na balada e que nem precisei perguntar seu nome direito, para logo chegar te beijando; 1.2. CONSIDERANDO seu olhar de tarada enquanto dançava na pista esperando eu me aproximar. 1.3. CONSIDERANDO QUE com os beijos nervosos que trocamos naquela noite, V.Sa. me induziu a crer que logo estaríamos explorando nossos corpos, em incessante e incansável atividade sexual. Passei então, a me encontrar com Vossa Senhoria. B) DOS PREJUÍZOS
    EXPERIMENTADOS: 2.1. CONSIDERANDO QUE fomos ao cinema e fui eu que paguei as entradas, sem se falar no jantar após o filme. 2. 2. CONSIDERANDO QUE já levei Vossa Senhoria em boates das mais badaladas e caras, sendo certo que fui eu, de igual sorte, quem bancou os gastos. 2. 3. CONSIDERANDO QUE até à praia já fomos juntos, sem que Vossa Senhoria gastasse um centavo sequer, eis que todos os gastos eram por mim experimentados, e que Vossa Senhoria não quis nem colocar biquíni alegando que estava ventando muito. C) DAS RAZÕES DE SER DO PRESENTE: 3.1. CONSIDERANDO AINDA QUE até a presente data, após o longínquo prazo de duas semanas, Vossa Senhoria não me deixou tocar, sequer na sua panturrilha. 3.2. CONSIDERANDO QUE Vossa Senhoria ainda não me deixa encostar a mão nem na sua cintura com a alegaçãozinha barata de que sente cócegas. DECIDO SOBRE NOSSO RELACIONAMENTO O SEGUINTE: 4.1. Vá até a mulher de vida airada que e também é sua
    progenitora, pois eu não sou mais um ser humano do sexo masculino que usa calças curtas e a atividade sexual não é para mim um lazer, mas sim uma necessidade premente. 4.2. Não me venha com "colóquios flácidos para acalentar bovinos" de que pensava que eu era diferente. 4.3. Saiba que vou te processar por me iludir aparentando ser a mulher dos meus sonhos, e, na verdade, só me fez perder tempo, dinheiro e jogar elogios fora, além de me abalar emocionalmente. Sinceramente, sem mais para o momento, fique com o meu cordial " vá tomar no meio do olho do orifício rugoso localizado na região infero-lombar de sua anatomia " que esse relacionamento já inflou o volume da minha bolsa escrotal! Dou assim por encerrado o nosso relacionamento, nada mais subsistindo entre nós, salvo o dever de indenização pelos prejuízos causados.

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