quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

Lulu na Serra

Então, como ninguém é de ferro e o calor nesse Planeta não dá a menor trégua, fiz como os nobres fidalgos de outrora e subi a serra para fugir desse clima abissínio.
Gente, até dirigi no Planeta Rio, e sabe que nem bati nem uma vez? Ouvi somente uma ou duas buzinadas assim normais e dirigi até pela tal da Linha Vermelha e nadica de nada aconteceu, nenhum carro queimado, nenhuma bala perdida, nada... Sem falar que cheguei no Rio de avião em pleno natal, ou seja, ando com sorte mesmo, tudo muito estranho.
Então fomos embora para Muri, um lugar onde os cariocas vão passar as férias, perto de Nova Friburgo. à medida que a gente sobe, a temperatura cai, um desse fenômenos incríveis e belos da natureza.

E lá chegamos, por volta das quatro da tarde, à procura de um restaurante aberto. Ah, como é vã e etérea a esperança humana... Magina! aparentemente, carioca não almoça tarde, ou melhor, não sobe a serra durante a semana, nenhum restaurante estava aberto e nenhum abriria à noite. Costumes dos flumineses. ... Fomos salvos pela simpatia de um local, que nos deu abrigo e comida ( sim, já começara a chover) e abriu seu restaurante para nós. Pois é. Difícil falar mal daqui... Comemos uma comidinha mineira, hiper bem feita, barata e boa.

Alimentados, nos munimos de pão e vinho na padaria mais próxima e bacana da região, e nos entocamos numa casinha hiper simpática, em meio a araucárias e hortênsias (ok, tipo Campos do Jordão, mas menos shopping e menos yuppie, ou seja, bem mais simpático). Devo dizer que no caminho, na tal subida da serra, contei inúmeras placas que nos advertiam não somente contra animais selvagens como também especificamente nos alertavam do risco de cruzarmos com jaguatiricas, quatis, tamanduás e macacos... Ou seja, basta meia hora de carro aqui nesse Planeta e você já está em plena selva amazônica.

Seguros, sãos e salvos, pão, vinho, sal e azeite à mão, não precisávamos de mais nada. Em tempo: continuava a chover...

meia hora depois...

"cadê o travesseiro?" Puta merda, esqueci o travesseiro, não vou conseguir dormir... Hum... num tem tevê mesmo? Ninguém trouxe o lap top? nem um radinho? "

duas horas depois...
"geeente.. leiam!! num precisa fazer nada, vamos todos ficar lendo... Hum... esqueci meus óculos. Só tem livro chato.... Quem quer chá? "
Continuava a chover e ouve-se o primeiro espirro. A rinite de alguns começava a atacar. Casa fechada e ar muito puro dá nisso. "Abre a janela..." ..."mas aí vai entupir de bicho...."

Três horas depois ( e alguns da família já quase sem nariz) ...
Ok, baralho. Abram o vinho, cortem o pão, façamos as apostas.

Quinze minutos depois... :

Hum... saudade de praia... Vambora amanhã?

Cês já sabem o final, de volta ao calor, amanhã vou à praia!

5 comentários:

  1. Gente, isso não dá azia, não? Pão, vinho, sal e zeite. Deuses me livrem. Imagine essa mistureba no calor. Não bebo vinho, raramente como pão, odeio azeite e como pouquíssimo sal. E odeio calor. E só ia pro Rio qdo minha vó era viva. Mentira, voltei pra um show, mas fiquei menos de 24h. É, definitivamente, essa coisa de verão não é pra mim.

    ResponderExcluir
  2. Krishna querida,
    com pão, vinho, sal e azeite deus fez o mundo!! O resto é enfeite. ;)
    E tava frio, lá na serra. E quanto a essa coisa de verão, realmente...

    ResponderExcluir
  3. Havendo água em quantidades oceânicas por perto, o calor não é problema.

    E com pão, vinho, sal, azeite, baralho e pessoas queridas por perto, eu até encaro um sertão, no friozinho da serra então...

    ResponderExcluir
  4. Será que é por isso que não entendo por que minha vida é uma merda? Será que vou ter que passar a beber vinho, comer pão com muito sal e azeite? Ai. E eu achando que era mais fácil viver em sociedade...

    ResponderExcluir
  5. Eu colocaria o "muito" antes de "vinho" e não antes de "sal".

    Muito sódio pode acarretar problemas cardíacos, já o consumo de vinho pode evitá-los.

    ResponderExcluir