quinta-feira, 19 de julho de 2007

e aí? vamo?


Eu vou!
Acho que quem tá em SP ou por perto, devia ir também. Na pior da pior das hipóteses, se todo mundo se revelar muito chato ou muito feio ou muito qualquer coisa, o Canto Madalena é um lugar gostoso, serve um chopp decente e sempre é possível disfarçar, ficar numa mesa em separado observando todo mundo encher a cara, tentando adivinhar quem é quem.

De qualquer maneira, os livros são bons à beça. Mesmo. Vamo lá!
Programa obrigatório.

13 comentários:

  1. Lulu,

    Sobre o seu post de ontem, queria dizer uma coisinha: Sendo totalmente egoista e pensando só no meu prazer em ler seus escritos, não para de escrever não tá? Vc é necessária!!!! Escreva sobre o que vc quiser, sempre vai ser um deleite ler! Claro que você deve respeitar seus momentos silenciosos mas...

    Beijo,

    Miranda

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  2. ai Miranda...

    vc percebeu que eu tô enrolando, né?

    obrigada .

    l.

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  3. LULU,

    sim, mas não tem problema. como eu disse em qualquer situação, sob qualquer condição é sempre um deleite.. só senti falta de suas visitas...rsrs

    beijinho

    miranda.

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  4. Ô Miranda, libera o endereço do teu blog pra eu ler, vai?

    Bem de querido!

    Sou curiosa.

    hehe

    Abraço.

    Janaína.

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  5. Janaina:

    Mirandaocorretor.blogspot.com


    Sua visita será muiiito bem vinda.

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  6. Até a hora que fiquei lá vc não tinha chegado, Lulu. Adorei o lançamento.

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  7. Cara Lulu,

    Depois do cinema, fomos conhecer a nova Livraria Cultura, no Conjunto Nacional. Saímos de lá com o livro O MST e a Constituição, de Delze dos Santos Laureano, escolhido pela Cê; o primeiro CD de Guilherme Arantes (de 1976, que tínhamos só em vinil) e A Música de Chaplin (interpretada por João Carlos Assis Brasil, Gilson Peranzetta e Leandro Braga), ambos escolhidos pelo Arnaldo; além de um livrinho, escolhido por mim (daqueles que você bate o olho, vai com a cara, com o título, dá uma folheada, lê a contracapa e as orelhas e quer levar...), A Casa de Papel, do argentino Carlos Maria Dominguez. Transcrevo o início do primeiro capítulo pra você:

    "NA PRIMAVERA de 1998, Bluma Lennon comprou numa livraria do Soho um velho exemplar dos Poemas de Emily Dickinson, e ao chegar ao segundo poema, na primeira esquina, foi atropelada por um automóvel.

    Os livros mudam o destino das pessoas. Uns leram O tigre da Malásia e se transformaram em professores de literatura em remotas universidades. Sidarta levou milhares de jovens ao hinduísmo, Hemingway transformou-os em esportistas, Dumas transtornou a vida de milhares de mulheres e não poucas foram salvas do suicídio por manuais de cozinha. Bluma foi sua vítima.

    Mas não a única. O velho professor de línguas antigas Leonard Wood ficou hemiplégico ao receber na cabeça cinco tomos da Enciclopédia Britânica, que se soltaram de uma prateleira de estante; meu amigo Richard quebrou uma perna ao tentar alcançar Absalão, Absalão!, de William Faulkner, mal localizado numa prateleira que o levou a cair da escada. Outro amigo de Buenos Aires pegou tuberculose nos porões de um arquivo público e conheci um cachorro chileno que morreu de indigestão com Os irmãos Karamázov, depois de devorar suas páginas numa tarde de fúria.

    Cada vez que minha avó me via ler na cama, costumava dizer: "Deixe disso, os livros são perigosos": Durante muitos anos acreditei em sua ignorância, mas o tempo demonstrou a sensatez de minha avó alemã.

    O funeral de Bluma atraiu inúmeras autoridades da Universidade de Cambridge. No ofício religioso, o professor Robert Laurel dedicou-lhe uma despedida soberba, depois editada em um fascículo por seu mérito acadêmico. Ele ressaltou sua brilhante carreira universitária, seus quarenta e cinco anos de sensibilidade e inteligência e, no corpo principal do trabalho, seus decisivos aportes à pesquisa da marca anglo-saxã nas letras latino-americanas. Mas culminou com uma frase controversa: "Bluma consagrou sua vida à literatura": disse, "sem imaginar que iria levá-la deste mundo".

    Aqueles que o acusaram de estragar a peça com um "eufemismo abjeto" enfrentaram a acérrima defesa dos auxiliares de Laurel. Poucos dias mais tarde, em casa de minha amiga Anny, ouvi John Bernon dizer a um grupo de discípulos de Laurel:

    _ Foi morta por um carro. Não pelo poema.

    _ Nada existe fora de sua representação – argumentaram dois rapazes e uma moça judia de voz cantante. _ Qualquer um tem o direito de escolher a representação que quiser.

    _ E de fazer má literatura. Concordo – rebateu o velho, com esse ar falsamente conciliador que lhe deu fama de cínico no campus, em polvorosa por causa das próximas entrevistas da pós-graduação em que Bernon concorreria com Laurel. _ Há um milhão de pára-choques soltos nas ruas da cidade que lhes demonstrarão do que é capaz um bom substantivo.

    As polêmicas sobre a famosa frase se estenderam pela universidade e houve um concurso de estudantes sob o tema "Relações entre realidade e linguagem". Calcularam-se os passos de Bluma na calçada do Soho, os versos dos sonetos que teria chegado a ler, a velocidade do veículo; debateu-se com ardor a semiótica do trânsito em Londres, o contexto cultural, urbano e lingüístico do segundo em que a literatura e o mundo colapsaram sobre o corpo da querida Bluma. (...)"

    [extraído do livro "A Casa de Papel", de Carlos Maria Dominguez, 2006, Editora: Francis, pp. 9-12]

    bjo,
    foi ótimo conhecê-la pessoalmente!
    Clé

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  8. Em tempo: Ah, esqueci de olhar o anel que você ganhou da Meg, em sua viagem a Belém. Da próxima vez, você me mostra...

    "(...) Foi um prazer conhecer a Meg, uma mulher cheia de sentimentos, inteligência e cultura, que transbordam a todo instante, e de uma generosidade sem fim. Ela me encheu de presentes, quando cheguei lá havia rosas vermelhas no vaso, para mim, peras deliciosas, para mim, várias coisas, para mim. E ela me deu o anel mais lindo do mundo, que eu não tiro mais do dedo. (...)"

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  9. Lulu querida, saudades... pois é, não foi uma semana fácil esta, estive bem perto do perigo, por isso, neste domingo de sol e sossego é super agradável poder ler os teus escritos da semana passada. Deixa o ego oscilante na gaveta um pouco e "bora lá" escrever do mundo. Vc não achou genial o trecho que a clélia copiou? Como tenho inveja dessa gente que tem idéia e sabe como escrever! Enfim, não conseguimos nos falar ontem, mas ainda sobra um pouqinho de férias para a gente combinar uma baladafimdejulho. Te ligo.

    Pro MIRANDA: olhei o seu blog, minino, que interessante! como escreve bem "o corretor", mas não pude postar porque não tenho (e não quero ter) cadastro google. Será que não tem outro jeito para que eu possa comentar seus textos como faço esporadicamente aqui na LULU? tive idéias....

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  10. Putz!!! brigado pelo "escreve bem",Brigitte.. fiquei lisongeado... quanto a postar lá eu vou fuçar lá agora e liberar postagens de qualquer pessoa. entra lá quando der.

    e fiquei super curioso pra saber as suas ideias...rsrsrs

    Um abraço,
    Miranda

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  11. Lulu,
    Estive lá, comprei meus exemplares, colhi os autógrafos, fui embora rápido. Não sou muito de sair à noite. Acho que bares não combinam com lançamentos de livros, puro radicalismo. Pena não ter conhecido você.
    Beijo

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  12. VIVIEN!
    senti tua falta! me conta das coisas, tá?
    :)
    Lu.

    Ulisses e Lord...
    puxa! que puxa...
    cheguei tarde mesmo... lá pelas dez horas... :( desculpem...
    que pena!

    CLELIA
    esse texto é lindo! foi uma honra conhecer vc, e sua família maravilhosa.

    BRIGITE,
    as crises já passaram, voltamos à velha rotina de escrita. par ao bem ou par ao mal. :)saudades de vc.

    MIRANDA,
    vc podia dar aquele jeito de deixar o seu link no seu próprio nome, né? deve ter um monte de gente querendo te ler, e seu blog é uma delícia.
    Lu

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