beijucas a todos,
Lu,
Sabe,eu tava conversando com o Anthony (meu marido americanne) sobre seu
post momento mulherzinha, "a difícil vida das mulheres" e comentei que há
muitos anos não tenho um destes momentos. Talvez sejam os onze anos de
terapia, talvez seja pelo fato de que desde que vim para NY eu vou a
academia quase todos os dias e o meu corpo virou essa coisa meio Madonna
como diz minha amiga. Ou talvez seja por que sou brasileira entre poucos, o
que gera mini comoções e todos me acham linda de cara. Mas longe de
triplicar minha auto estima eu percebi que ainda vivo momentos mulherzinha
de outra forma. E o diálogo com o marido é assim:
- Eu achei que você estava gostando do seu trabalho novo.
- Não sei... Não é criativo como o anterior.
- O anterior te dava um cheque "simbólico" e você trabalhava até altas
horas.
- Mas eu tinha liberdade criativa.
- Você quer o emprego perfeito, liberdade criativa de uma artista,
pagamento e horário de muiltinacional.
- É...
- Você estava feliz quando trabalhava na Vogue?
- Sim e não. Era legal, mas o salário, as horas, o stress.
- Tá vendo você nunca tá feliz.
- É que eu não faço nada pela sociedade, todo trabalho que eu arranjo é só
sobre vender, vender, vender. Vender revista, vender bolsa. Quantas horas
da minha vida eu não passo retocando bunda de modelo? Ou fazendo as bolsas
de 2 mil dólares parecerem que valem dois mil dólares? Minhas amigas todas
são juizas, professoras, psicólogas.
- Você sabe que poderia ficar sem trabalhar um tempo, agente tem uma boa
situação...
- Eu ficar sem trabalhar? Nem pensar! Aí é que eu fico infeliz de vez!
- Desisto.
- Não, não desiste não...
- Tá bom, mas então não stressa com trabalho.
- Tá bom.
...
- Você viu só esta capa desta revista?
- Que que tem?
- Eles bem que podiam ter retocado mais a pele desta menina, ninguém
merece ver pelo encravado assim a luz do dia.
e você? qual foi sua última crise? conte aqui que a lulu publica. depoimentos de leitores são particularmente bem vindos!!
Ixe, acho que eu estou em crise vocacional mais ou menos desde os 17 anos, quando eu passei no vestibular. Até agora eu não tive praticamente nenhum momento de certeza e agora está pior. Já fiz o trabalho criativo por cheque simbólico, já fiz o trabalho chato de multinacional. Ainda não me decidi. Acho que eu ia gostar de ter o trabalho criativo com um cheque não tãaaao simbólico. Mas enfim...
ResponderExcluirAlguém entrou em crise e "despostou" o comentário anterior. k
ResponderExcluirhahahaha!!
ResponderExcluirA Caki tem que fazer um blog.Eu já me candidato a leitora.;0)
ResponderExcluirSó para contar, o cheque não só era simbólico como voador. Voltou mais de uma vez. Me senti na terrinha de novo! A única diferença é aqui eles cobram multa até de quem RECEBEU o cheque sem fundo. Americano é fueda. MAs justiça seja feita os chefes caloteiros era ingleses, rá rá rá!
ResponderExcluirLu, achei muito chique estar no seu blog!
Caki,
ResponderExcluirchique é essa correspondente noviorkina!!!
E Vivien, eu falei prá ela, fazer um blog, mas essa crise ela inda num resolveu. ;)
beijos,
Estou num momento bastante crítico. A tentação do lado negro é muito forte, mas ainda consigo restaurar a academia em Dantooine. ;)
ResponderExcluireu sou uma adolescente de 15 anos e vc me pergunta qual minha ultima crise? Acho que faz uns vinte minutos...
ResponderExcluir