quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007

cinema às três da tarde e supermercado às três da manhã.

Por mim só iria ao cinema no meio da semana, três da tarde, eu e as velhinhas, já disse. E só faria supermercado às três da manhã, eu e os baladeiros, eles comprando vodka, eu ali, escolhendo alfaces.

Por mim, também não abriria nunca mais na vida nenhuma correspondência de banco, sairia gastando e o dinheiro viria, normal, conforme as necessidades e precisões e nem precisava ficar sabendo de quantias.

Para que a vida não entrasse numa rotina absoluta cheia de tédio, os sábados volta e meia raptariam algum dia da semana, esta quarta, por exemplo... entrariam no meio e ficariam ali, sendo sábado em plena quarta. E largaríamos tudo para ir passear.

Eu viajaria só de trem e faria tudo a pé, em caminhos sem ladeiras e cheios de árvores, e os livros e cadernos, por mim, nem pesariam tanto na bolsa. Por mim não preenchia um diário de classe nunca na vida e as aulas começariam sempre às nove da manhã e iriam até três da tarde, e a frequência seria livre e só viria quem quisesse.

Por mim, bebida não engordava, sorry amigas chocólatras, troco o sonho de valsa pelo vinho. Por mim saía para dançar beber conversar paquerar namorar umas quatro vezes por semana, sem preocupação alguma, com nada. Por mim ia ao cinema diariamente e cultivaria pelo menos três horas de ócio e vontades bestas por dia. Por mim, teria pelo menos umas três vezes mais sapatos do que tenho. E por mim teria sempre vontde, pique e animação para mais uma aula de ginástica.

Por mim, para cada dia de regime, um quilo a menos. Por mim, amigos deviam se encontrar sempre, toda semana, sem essa de sem tempo e desaparecimentos do mundo adulto. Por mim ficava lendo ficção o dia inteiro, de vez em quando um filminho, volta e meia uns poemas, levantava só para escrever.
Hm...

Os crentes que me perdoem mas essa história da criação do mundo toda nas mãos de um cara só... ai que desperdício.

8 comentários:

  1. Essa capacidade do dinheiro sempre aparecer me lembrou de uma anedota:

    Um homem entra num restaurante com uma avestruz atrás dele.

    A garçonete pergunta o que querem.

    O homem pede: "Um hambúrguer, batatas fritas e uma coca".

    E vira-se para a avestruz: "E você, o que vai querer?"

    "Eu quero o mesmo", responde a avestruz.

    Um tempo depois a garçonete traz o pedido e a conta no valor de R$ 32,50. O homem coloca a mão no bolso e tira o valor exato para pagar a conta.
    No dia seguinte o homem e a avestruz retornam e o homem diz:

    "Um hambúrguer, batatas fritas e uma coca".

    E vira-se para a avestruz:

    "E você, o que vai querer?"

    "Eu quero o mesmo", responde a avestruz.

    De novo o homem coloca a mão no bolso e tira o valor exato para pagar a conta.

    Isto se torna uma rotina até que um dia a garçonete pergunta:

    "Vão querer o mesmo?"

    "Não, hoje é sexta e eu quero um filé à francesa com salada." diz o homem.

    "Eu quero o mesmo", diz a avestruz.

    Após trazer o pedido, a garçonete trás a conta e diz:

    "Hoje são R$87,60."

    O homem coloca a mão no bolso e tira o valor exato para pagar a conta, colocando em cima da mesa.
    A garçonete não controla a sua curiosidade e pergunta:

    "Desculpe, senhor, mas como o senhor faz para ter sempre o valor exato a ser pago?"

    E o homem responde:

    "Há alguns anos eu achei uma lâmpada velha e quando a esfregava, para limpá-la, apareceu um gênio, que me ofereceu 2 desejos.
    Meu 1º desejo foi que eu tivesse sempre no bolso o dinheiro que precisasse para pagar o que eu quisesse.

    "Que idéia brilhante!" falou a garçonete.

    "A maioria das pessoas deseja ter um grande valor em mãos ou algo assim. Mas o senhor vai ser tão rico quanto quiser, enquanto viver!"

    "É verdade, tanto faz se eu for pagar um litro de leite ou um Mercedes, tenho sempre o valor necessário no bolso." respondeu o homem.

    E a garçonete perguntou: "Agora, o senhor pode me explicar a avestruz?"

    O homem faz uma pausa, suspira e responde:

    "O meu 2º desejo foi ter como companhia alguém com uma bunda grande, pernas compridas e que concordasse comigo em tudo".

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  2. HAHAHAHAHAHAHAHAH
    que bobagem imensa!!!!
    hehehehehe



    eu ia dizer alguma coisa mas deixa pra lá....
    hehe

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  3. kkkkkkkkkkkkkkkkkkk!!!! Por falar nisso, cadê a K? Eu gosto dos seus comentários e do seu jeito! Não suma! beijos

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  4. Mudanças deliciosas, sempre achei que a gente deveria ter o poder de dar essa maleabilidade pros dias e pras coisas.;0)

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  5. Ouxe...
    se é só "por você" como diz o texto, qual a dificuldade em fazer exatamente isso??

    O problema seria se toda a humanidade agisse assim... ai ferrou...

    PS- o que a frase final tem a ver com o texto?

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  6. Lucido,
    é verdade!! Procuro, ao máximo, fazer as coisas e viver a vida do jeito que gostaria, por mim, mas não dá nunca para fazer tudo, em parte por coisas boas, porque vivo em sociedade e com pessoas que gosto, e a adaptação aos outros e ao mundo faz parte e é boa.
    A frase final não têm muito a ver mesmo, é só uma vontadezinha de onipotência que bate ás vezes...

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