Durante muito tempo em minha vida hesitei em fazer faculdade de letras.
Ficava inclinada ao jornalismo, e uma outra parte de mim - que fez aulas de dança a vida inteira e na adolescência levou isso bastante a sério - queria uma vida de palcos, projetos, espetáculos, performances. O jornalismo - na minha cabecinha adolescenta - também prometia um certo glamour, agitação e fama que a vida pacata de uma professora ou acadêmica da letras não apontava.
Pois bem, me formei e aos dezessete anos prestei três vestibulares: letras na USP, jornalismo na PUC e dança, na Unicamp. Acabei que passei nos três, e optei pela dança.
Fiz três anos de faculdade de dança, na Unicamp, e foi uma das épocas mais legais da minha vida. Como é uma faculdade de dança? é assim: de manhã tínhamos as aulas práticas, que iam das oito ao meio-dia. Fundamentos da dança moderna, fundamentos do balé, danças brasileiras, orientais. O primeiro horário era mais técnico, de base, o segundo, dedicado a essas matérias mais específicas.
Depois, à tarde, as aulas teóricas: cenografia, história da dança, anatomia e fisiologia... E tínhamos grupo de teatro de rua, tínhamos mil projetos, crises, batalhas; mil festas e amizades profundas de uma mulherada que saiu de casa e tá junta, fazendo faculdade, realizando ou tentando realizar sonhos, se virando meio sozinha pela primeira vez na vida, descobrindo o mundo.
O curso em si era bastante problemático, acabávamos mal formadas em termos práticos e também teóricos, mas a vida era uma delícia. Na classe, só de meninas, algo ao mesmo tempo enlouquecedor e bem divertido. Andávamos o dia inteiro de collant para lá e para cá e bastava dizer que éramos da dança para causarmos uma espécie de efeito mágico imediato em qualquer menino, eles passavam a nos olhar com outros olhos, e de repente nos tornávamos irresistíveis (me deu a maior saudades, agora, dessa parte da minha vida e das minhas amigas da dança; saudade gostosa, nem sei por onde estão, as minhas amigas da dança).
De qualquer modo, sentia falta de aulas de literatura, ou de filosofia, pesadas, onde lêssemos muito e discutíssemos teorias, sentia falta de um ambiente de leitura de reflexão, e esse mundo artístico foi também enchendo o saco. Comecei a passear pela filosofia, fiz dois cursos ali como aluna especial, uma vontade de fazer letras foi reaparecendo.
No meio do terceiro ano, saí, e lá fui eu prestar vestibular de novo. De novo, letras e jornalismo. De novo, entrei nas duas. Até fui me matricular em jornalismo, na PUC, lembro até hoje. Tinha que pagar uma matrícula e a mensalidade do primeiro mês. Dava, se não me engano, dois mil reais. Fiquei me imaginando pedindo essa grana pros meus pais todo mês, todo começo de ano, eu que já havia experimentado o sair de casa com a experiência da Unicamp e estava louca para morar sozinha, ou com o meu namorado ( com quem moro até hoje :-) ) . Na hora, desencanei do curso de jornalismo, também não o queria tanto assim. E fui fazer letras.
Logo comecei a trabalhar, no segundo ano do curso já dava aulas, iniciação científica, casei, essas coisas.
Essa é minha vida até aqui, mas não é sobre isso que queria falar.
Ano passado defendi mestrado, e como minha graduação em letras foi loonga - entre trabalhos e talz demorei seis anos para me formar - encerrei com a defesa do mestrado um ciclo de estudos na letras de uns nove anos. Sou professora há mais ou menos esse mesmo período de tempo.
E enquanto fazia letras e estudava cada vez mais literatura, aconteceu uma coisa: parei de escrever.
Sempre escrevi, muito e sempre, com fumaças literárias e sem elas, escrever foi para mim um meio de organização interna, descobertas e encontros. Pois bem, ao estudar tanta literatura e tanta teoria sobre escrita, parei de escrever. Até os diários foram abandonados. Travei completamente.
E outra coisa aconteceu também: ler virou trabalho.
E alguns podem dizer: puxa, que legal, seu trabalho é ler. Sim, é legal, mas... outro dia reparei que fazia muito tempo, mas muito tempo mesmo, que eu não pegava um livro, meio ao acaso, meio por descuido, e lia, descompromissadamente, por paixão, por prazer, como lia na adolescência, infância, na época da dança, em toda minha vida.
Porque ler por trabalho é diferente de ler por ler. E houve um tempo em que eu até fiquei brava com tudo isso: puxa, não consigo mais ler por ler! que idéia isso de ter feito letras!
Nesse ano de agora, findo o mestrado, entrei numa determinação de dar um tempo, pensar com calma sobre o doutorado, e levar uma vida mais pop, voltar ao mundo das artes e da criação, me distanciar um pouco da academia. Até fiz um blog!
Voltei a ler, voltei a escrever.
Porque durante o mestrado, por exemplo, eu pegava um livro - se sobrasse um segundo para pegar um livro que fosse fora do tema do mestrado - começava a ler e, se gostasse muito, logo pensava: deveria escrever um artigo sobre isso, ou um trabalho, ou ler sobre quem escreveu, ou quem sabe até um doutorado, ou usar nas aulas, ou esse livro de fato é fundamental para a minha formação ... enfim...
junto ao livro, toda uma série de sentimentos de obrigações.
Para descansar, viciei em livros de tribunal, julgamentos e advogados. Li todos, toodosss, os livros do John Grisham. Dossiê pelicano, The Rain Maker, todos que pude encontrar. Dava a desculpa de que era prá treinar o inglês e ia embora. Lia toda e qualquer porcaria que me aparecia na frente, e passei a ver bem mais televisão também. O que é normal, a gente fica pensando tanto que precisa descansar um pouco a cabeça, mas me ficava uma saudades da leitora que fui um dia, que lia mais livre, simplesmente porque não havia coisa melhor a fazer, naquele momento.
Imaginem um crítico gastronômico que de repente se enjoe de comer por profissão, e sinta falta e saudades da comida da mãe, sorvida com alegria e sem tantos pensamentos; de um almoço com os amigos, onde ninguém crie uma expectativa do que ele vai achar; de um prazer de comer que não seja acompanhado da reflexão sobre como será que escreverei sobre isso amanhã.
Não sei se isso acontece em todas as profissões, se o crítico de cinema também tem uma fase de só querer ver filmes médios, de olhar sempre os filmes com olhos de crítico e se encher com isso, sei lá.
Talvez seja um pouco ingênuo todo esse pensamento, mas o fato é que eu passei a ter uma enorme dificuldade em ler por prazer. Lia para pensar, para discutir, para me formar, para estudar, por obrigação e dever.
E nesse ano, a grande novidade, fora a recuperação da escrita, é a da recuperação da leitura. As duas nunca deixaram de fazer parte de mim, sempre estiveram ali, dormentes, pulsando vez ou outra, mas agora voltaram a fazer parte do meu dia a dia. Fora os livros da escola, voltei a ler literatura, por ler, para ler, por prazer. Tenho tempo e voltei a ter vontade.
Me redescubro, me lembro porque é que eu quis mesmo fazer letras em primeiro lugar. Me acho e desacho, não largo os livros que começo, quero ler no carro, na mesa, na rua, como quando era adolescente. Uma alegria. Antes os livros todos do mundo me davam uma angústia, uma aflição, hoje em dia tenho achado legal que eles existam, tem um monte de coisa ainda para eu ler e descobrir.
E agora foi me dando uma vontade de começar a contar, aqui, sobre os livros que tenho lido.
Não somente sobre os livros que leio com os meus alunos, mas os livros que leio para mim, nas horas de descanso, nos momentos de sofá, na hora em que eu ia ver tevê, e agora voltei a ler.
Uma conversa, subjetiva, pessoal, quase confessional, sem compromissos teóricos ou acadêmicos. Tá me dando uma grande vontade de fazer isso. E eu tenho achado cada vez mais que essas vontades têm que ser respeitadas.
aguardem.
beijos a todos,
Lulu.
para quem não conhece, aqui tem um post meu sobre uma noite de insônia em que encontrei um livro e tive uma noite legal, de leitura, lendo o conto A hora e a vez de Augusto Matraga: Insonia.
obs: o texto acabou saindo cheio de errinhos de digitação. Perdão, procurei corrigir.
Ficava inclinada ao jornalismo, e uma outra parte de mim - que fez aulas de dança a vida inteira e na adolescência levou isso bastante a sério - queria uma vida de palcos, projetos, espetáculos, performances. O jornalismo - na minha cabecinha adolescenta - também prometia um certo glamour, agitação e fama que a vida pacata de uma professora ou acadêmica da letras não apontava.
Pois bem, me formei e aos dezessete anos prestei três vestibulares: letras na USP, jornalismo na PUC e dança, na Unicamp. Acabei que passei nos três, e optei pela dança.
Fiz três anos de faculdade de dança, na Unicamp, e foi uma das épocas mais legais da minha vida. Como é uma faculdade de dança? é assim: de manhã tínhamos as aulas práticas, que iam das oito ao meio-dia. Fundamentos da dança moderna, fundamentos do balé, danças brasileiras, orientais. O primeiro horário era mais técnico, de base, o segundo, dedicado a essas matérias mais específicas.
Depois, à tarde, as aulas teóricas: cenografia, história da dança, anatomia e fisiologia... E tínhamos grupo de teatro de rua, tínhamos mil projetos, crises, batalhas; mil festas e amizades profundas de uma mulherada que saiu de casa e tá junta, fazendo faculdade, realizando ou tentando realizar sonhos, se virando meio sozinha pela primeira vez na vida, descobrindo o mundo.
O curso em si era bastante problemático, acabávamos mal formadas em termos práticos e também teóricos, mas a vida era uma delícia. Na classe, só de meninas, algo ao mesmo tempo enlouquecedor e bem divertido. Andávamos o dia inteiro de collant para lá e para cá e bastava dizer que éramos da dança para causarmos uma espécie de efeito mágico imediato em qualquer menino, eles passavam a nos olhar com outros olhos, e de repente nos tornávamos irresistíveis (me deu a maior saudades, agora, dessa parte da minha vida e das minhas amigas da dança; saudade gostosa, nem sei por onde estão, as minhas amigas da dança).
De qualquer modo, sentia falta de aulas de literatura, ou de filosofia, pesadas, onde lêssemos muito e discutíssemos teorias, sentia falta de um ambiente de leitura de reflexão, e esse mundo artístico foi também enchendo o saco. Comecei a passear pela filosofia, fiz dois cursos ali como aluna especial, uma vontade de fazer letras foi reaparecendo.
No meio do terceiro ano, saí, e lá fui eu prestar vestibular de novo. De novo, letras e jornalismo. De novo, entrei nas duas. Até fui me matricular em jornalismo, na PUC, lembro até hoje. Tinha que pagar uma matrícula e a mensalidade do primeiro mês. Dava, se não me engano, dois mil reais. Fiquei me imaginando pedindo essa grana pros meus pais todo mês, todo começo de ano, eu que já havia experimentado o sair de casa com a experiência da Unicamp e estava louca para morar sozinha, ou com o meu namorado ( com quem moro até hoje :-) ) . Na hora, desencanei do curso de jornalismo, também não o queria tanto assim. E fui fazer letras.
Logo comecei a trabalhar, no segundo ano do curso já dava aulas, iniciação científica, casei, essas coisas.
Essa é minha vida até aqui, mas não é sobre isso que queria falar.
Ano passado defendi mestrado, e como minha graduação em letras foi loonga - entre trabalhos e talz demorei seis anos para me formar - encerrei com a defesa do mestrado um ciclo de estudos na letras de uns nove anos. Sou professora há mais ou menos esse mesmo período de tempo.
E enquanto fazia letras e estudava cada vez mais literatura, aconteceu uma coisa: parei de escrever.
Sempre escrevi, muito e sempre, com fumaças literárias e sem elas, escrever foi para mim um meio de organização interna, descobertas e encontros. Pois bem, ao estudar tanta literatura e tanta teoria sobre escrita, parei de escrever. Até os diários foram abandonados. Travei completamente.
E outra coisa aconteceu também: ler virou trabalho.
E alguns podem dizer: puxa, que legal, seu trabalho é ler. Sim, é legal, mas... outro dia reparei que fazia muito tempo, mas muito tempo mesmo, que eu não pegava um livro, meio ao acaso, meio por descuido, e lia, descompromissadamente, por paixão, por prazer, como lia na adolescência, infância, na época da dança, em toda minha vida.
Porque ler por trabalho é diferente de ler por ler. E houve um tempo em que eu até fiquei brava com tudo isso: puxa, não consigo mais ler por ler! que idéia isso de ter feito letras!
Nesse ano de agora, findo o mestrado, entrei numa determinação de dar um tempo, pensar com calma sobre o doutorado, e levar uma vida mais pop, voltar ao mundo das artes e da criação, me distanciar um pouco da academia. Até fiz um blog!
Voltei a ler, voltei a escrever.
Porque durante o mestrado, por exemplo, eu pegava um livro - se sobrasse um segundo para pegar um livro que fosse fora do tema do mestrado - começava a ler e, se gostasse muito, logo pensava: deveria escrever um artigo sobre isso, ou um trabalho, ou ler sobre quem escreveu, ou quem sabe até um doutorado, ou usar nas aulas, ou esse livro de fato é fundamental para a minha formação ... enfim...
junto ao livro, toda uma série de sentimentos de obrigações.
Para descansar, viciei em livros de tribunal, julgamentos e advogados. Li todos, toodosss, os livros do John Grisham. Dossiê pelicano, The Rain Maker, todos que pude encontrar. Dava a desculpa de que era prá treinar o inglês e ia embora. Lia toda e qualquer porcaria que me aparecia na frente, e passei a ver bem mais televisão também. O que é normal, a gente fica pensando tanto que precisa descansar um pouco a cabeça, mas me ficava uma saudades da leitora que fui um dia, que lia mais livre, simplesmente porque não havia coisa melhor a fazer, naquele momento.
Imaginem um crítico gastronômico que de repente se enjoe de comer por profissão, e sinta falta e saudades da comida da mãe, sorvida com alegria e sem tantos pensamentos; de um almoço com os amigos, onde ninguém crie uma expectativa do que ele vai achar; de um prazer de comer que não seja acompanhado da reflexão sobre como será que escreverei sobre isso amanhã.
Não sei se isso acontece em todas as profissões, se o crítico de cinema também tem uma fase de só querer ver filmes médios, de olhar sempre os filmes com olhos de crítico e se encher com isso, sei lá.
Talvez seja um pouco ingênuo todo esse pensamento, mas o fato é que eu passei a ter uma enorme dificuldade em ler por prazer. Lia para pensar, para discutir, para me formar, para estudar, por obrigação e dever.
E nesse ano, a grande novidade, fora a recuperação da escrita, é a da recuperação da leitura. As duas nunca deixaram de fazer parte de mim, sempre estiveram ali, dormentes, pulsando vez ou outra, mas agora voltaram a fazer parte do meu dia a dia. Fora os livros da escola, voltei a ler literatura, por ler, para ler, por prazer. Tenho tempo e voltei a ter vontade.
Me redescubro, me lembro porque é que eu quis mesmo fazer letras em primeiro lugar. Me acho e desacho, não largo os livros que começo, quero ler no carro, na mesa, na rua, como quando era adolescente. Uma alegria. Antes os livros todos do mundo me davam uma angústia, uma aflição, hoje em dia tenho achado legal que eles existam, tem um monte de coisa ainda para eu ler e descobrir.
E agora foi me dando uma vontade de começar a contar, aqui, sobre os livros que tenho lido.
Não somente sobre os livros que leio com os meus alunos, mas os livros que leio para mim, nas horas de descanso, nos momentos de sofá, na hora em que eu ia ver tevê, e agora voltei a ler.
Uma conversa, subjetiva, pessoal, quase confessional, sem compromissos teóricos ou acadêmicos. Tá me dando uma grande vontade de fazer isso. E eu tenho achado cada vez mais que essas vontades têm que ser respeitadas.
aguardem.
beijos a todos,
Lulu.
para quem não conhece, aqui tem um post meu sobre uma noite de insônia em que encontrei um livro e tive uma noite legal, de leitura, lendo o conto A hora e a vez de Augusto Matraga: Insonia.
obs: o texto acabou saindo cheio de errinhos de digitação. Perdão, procurei corrigir.
Cara, eu adoro este blog.
ResponderExcluirAh, pode parecer piegas, pode parecer puxasaquismo, pode paracer o escambau, que se foda, eu adoro este blog, adoro quando vc escreve sobre leitura, sobre suas aulas, sobre tudo.
Me sinto motivada, inspirada, me sinto querendo fazer também e por que não? e fico pensando que não tô dando o melhor de mim, que tô reclamando e poderia estar fazendo bem mais...ai, que ânsias!
Sabe Lulu, eu amo dar aula, eu sei que tô no caminho de fazer bem, mas ainda não faço como gostaria.
Tem dias que tenho vontade de largar mão desta faculdade besta que tira meu tempo de ler o que quero, o que preciso, o que realmente me acrescenta algo.
Depois me acho muito metida e orgulhosa e penso que se me empenhasse mais e parasse de achar que sozinha me viro melhor eu aprenderia bem mais e seria um ser humano melhor.
Eu tenho muita inveja de quem desde nova leu tanto autor bom e entrou e contato com clássicos, com boa música e bons professores.
Eu ainda estou descobrindo o mundo, em todos os sentidos e, às vezes, não consigo me conter de ansiedade em querer aprender outros assuntos (teatro, cinema, música, psicologia, direito, artes plásticas e visuais, dança, pintura, costura, receitas e filosofia...).
Tenho vontade de abraçar o mundo com os pés e me vejo tendo que fazer pose de muito adulta enquanto ainda sou, em alguns aspectos, tão adolescente...
As vezes queria que o tempo andasse logo e que eu já fosse madura o suficiente para lidar com tudo e soubesse muito mais do que sei hoje...outras gostaria que ele passasse mais lento e que eu observasse melhor tudo ao redor...e ter tempo de parar e escutar o que aquela velhinha na varanda quer me dizer toda vez que estou indo dar aula ou então o que minha própria intuição me diz e eu nem escuto, ou abafo...
Mas sempre o coelho branco a me dizer que é tarde e tem pressa, muita pressa...mas nem sabe pra que, porquê.
Sabe, eu não tenho selo pra te dar, mas este blog me faz pensar...me inquieta e me instiga a ser melhor.
Obrigada por isso.
PS: Escreva sim, sobre tudo o que quiser, faça com gosto que certamente fará bem e todos nós iremos ler.
Abraço.
Janaína
nossa, eu sabia que te conhecia de algum lugar!!!
ResponderExcluirhahahaha
mas é sério!
tentando mapear na memória eu achei que a gente tivesse amigos comuns em sp, mas na real a gente se conhece da unicamp!!!
eu tava lá de 93 a 98, somos contemporâneos, né?
:D
conhecer é lembrar...
bjo
Lulu, a sujeita não identificada aqui se sente completamente identificada com o que você conta. Também eu fiz um primeiro curso artistoso, mas que abandonei e... cá pra nós... era mui fraquito das pernas: artes plásticas na ECA. Mas eu sempre amei ler e tal, prestei Letras, fiz. Mas a escrita e leitura por prazerrrrrrr escapuliram de mim!!! Virei editora e leio, leio, leio e não leio. A relação com a leitura como obrigação é um horror... e a da escrita também. Amo o que eu faço, mas acho que algo está errado. Claro que está. Travada estou, meu!!
ResponderExcluirÉ isso, por enquanto, porque resolvi abrir meu bloguesinho que só eu lia... acho que amanhã, depois te conto.
Bjs, sujeitA.
Essa sujeita tá com cara de K...
ResponderExcluir"bloquesinho que só eu lia"
K, é vc?
Diz que é, diz que é...
Janaína.
Adorei este post. Durante um tempinho muito curto, ler virou uma paranóia, cada frase deveria ter uma análise e cada análise um argumento e depois procurava outras frases para apoiar o argumento... enfim, depois de tudo, tenho tentado me controlar para sempre manter o prazer como meta, apesar das obrigações. Espero conseguir isso até no mestrado, que espero fazer.
ResponderExcluirQuando vim aqui responder, pela primeira vez e o Blogger emperrou, eu não vi nenhum desses comments porque eu iria ser a primeira a comentar.
ResponderExcluirE agora...voltando aqui, um mundo que mudou;-)
A Janaina que escreve maravilhosamente e com muita autocrítica e a moçA do bloguesinho (sic).
Até o Leandro veio aqui, ele que é o nosso leitor, o blogueiro-lector por excelência.
Este sim, nos fabrica um mundo que é só destinado à leitura. Ou pelo menos parece ser.
Saio, então, como se estivesse assistindo essa conversa. Do lado de for:-)
Nem venho mais discutir a expressão
"ler por ler";ler descompromissadamente ou ler por prazer.
==-=--
Enfim, tal como vc diz que no mestrado tudo o que lia, tendo ou não ligação com o mestrado, se transformava em um potencialmente assunto de análise, enfim de "obrigações" - contnuando tal como vc diz isso, eu tenho também o defeito de formação, o de sempre ler criticamente, de nunca ler "at glance", na diagonal.
O que me faz muito mal.
---
Parabéns pelo belo post e, para decolar, aceite meu convite para falar em suas leituras no momento.
Um rapaz me pediu , eu tenho que escolher mais algumas pessoas, a tal da cultura "memética" ;-)) ah! isso existe sim. A ciéncia dos memes:-)
Vou escrever amanhã o post, enquanto preparo o paper sob a leitura e personagens infantis.
Um gande beijo.
Meguita.
P.S - Vc é uma fada, sedutora como a Brejeirinha do Guimaraes Rosa.
M.
Janaína,
ResponderExcluirvocê é o máximo. Period.
Inter,
ResponderExcluiré isso mesmo!! Unicamp de 93 a 96!! Vixi!!!
:-)
ih.. precisamos nos encontrar para beber e conversar, heim?
anônima,
( não Jana... não é a K, acho que a K num volta mesmo, infelizmente)
óia, abre sim seu blog, é muito legal abrir o blog. Sair do armário, se botar a escrever, Mesmo. Cadê?? Mostra, mostra, mostra...
sua sujeita! ( é a lu penna? )
Leandro,
ResponderExcluirque lindo seu avatar! Só ele já diz tudo! Bem vindo, fique à vontade, volte sempre. Isso, o prazer é uma bela meta, sempre.
Meguita querida!
Sabe que eu sabia que a gente ia discutir esse negócio de ler por ler? :-)
Eu até falei que tava sendo ingênua, porque de fato nem sei se isso existe, mas enfim, vamos continuar, vamos?? Me ensina um jeito melhor de dizer isso?
Sim, vou falar das minha sleituras no momento. O próximo post. Agora acho que vou deitar, porque faz frio e uma gripe parece se aproximar.
E que lindas essas ocupações! e vc mostra o seu paper? divide com a gente, quando ficar pronto? Oh,( e esse oh é seu, peguei), porque vc já sabe, mas interessa muitíssimo!
Beijos a todos,
com todo carinho,
Lulu.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirLulu...
ResponderExcluirLu Penna?? Você acha que é ela? Eu também. Doida para se delatar, que vergonha. Porque não vai logo dizendo??? Que porta de armário pesada...
:)))
Bjks, Lu
http://gatocontraaparede.blogspot.com/